domingo, 28 de junho de 2009

AÇÃO

Trabalho, atualmente, em uma turma de B1, composta por 14 bebês na faixa etária do 6 aos 14 meses. Nossa turma está em período de adaptação das crianças com as educadoras, 02 assistentes e uma professora titular, com a escola, com as outras crianças e com a equipe da manutenção e nutrição.
Sabemos que nossos alunos estão no período sensório-motor, caracterizado pela inteligência prática. O mundo é algo a experimentar e conhecer através dos sentidos e das ações corporais que se estabelecem com as pessoas e o meio físico. Presa a experiência imediata, a criança necessita da presença de objetos concretos para que seus esquemas de ação possam ser desenvolvidos a partir do olhar, agarrar, ouvir, alcançar, morder ou sentir com a pele.
Em sala de aula, nesse período de adpatação, dispomos de pouco tempo para desenvolver atividades com todas as crianças, pois estamos com grupos de adaptação em horários diferentes. Mas dentro da rotina estamos disponibilizando a criança o seu contato com o mundo físico e social através da ação: oferecemos diferentes formas de apresentação dos alimentos: líquido, pastoso, sólido. Observamos as preferências das crianças e oportunizamos o conhecimento e o apreço a novos alimentos.E nisso percebemos que em casa muitas vezes eles não comem, mas que com a atitude do colega em comer algo eles querem provar e até comem todo o alimento anteriormente rejeitado.
Tudo no B1 é aprendizagem.Muitas dessas crianças ficavam em casa somente com a mãe e o contato com novas pessoas e crianças da sua mesma faixa etária possibilita a troca de conhecimento e favorece novas descobertas, por isso, também deixamos as crianças brincarem livremente com brinquedos de montar, encaixar, panelinhas, brinquedos de borracha para morder.

REFERÊNCIA:
Textos disponibilizados na biblioteca do Rooda:
EPISTEMOLOGIA GENÉTICA E CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO- Marques,Tânia
O QUE É CONSTRUTIVISMO? Becker,Fernando

segunda-feira, 15 de junho de 2009

DESENVOLVIMENTO MORAL

Realizo as minhas atividades pedagógicas em uma turma de B1 que compreende a faixa etária dos 9 meses até os 18 meses nesse momento.Como simultaneamente desenvolvemos as crianças sob todos os aspectos, nunca havia pensado especificamente sobre o desenvolvimento moral e como lidamos com situações relacionais nessa faixa etária, parece que as vezes agimos automaticamente pela prática de sala de aula.
Sei que segundo o que Piaget colocou sobre o desenvolvimento moral, meus alunos encontram-se na fase da heteronomia, que não compreendem o outro como parte diferenciada de si..Como são egocêntricos, observo que as brincadeiras livres ocorrem de forma isolada pelas crianças e com os objetos que lhes interessam individualmente.Ocorrem muitos conflitos, porque o brinquedo ainda faz parte deles e puxam das mãos dos colegas sempre.Nessas situações, conversamos explicando que há um momento para todos manipularem aquele objeto e que devemos esperar a nossa vez para não machucarmos o colega e ele não ficar aborrecido. Claro que isso falamos 500 vezes por dia .
Compreendi que o desenvolvimento moral e dos valores é também um processo interno.O controle externo excessivo leva ao constrangimento e não favorece ao desenvolvimento do mesmo.Quando a criança regula as suas atitudes passa a cooperar de forma voluntária.Sente a necessidade interior de cooperação.Piaget insiste na importância de dar a criança a liberdade de decidir de escolher, porém, também reconhece que não se pode deixar a criança com liberdade total. Ela precisa aprender o porquê de respeitar regras.
Quando eu trabalhava nos Anos Iniciais sempre construía as regras da sala de aula com os meus alunos e esses ilustravam tais normas para ficar bem concreta a sua visualização.Tínhamos uma biblioteca ambulante e no extravio de qualquer livro solicitávamos a reposição do mesmo e se alguém estragava um tinha que levar para consertar em casa.Fazia-os ir compreendendo que era para o bem coletivo.

RELATÓRIO DO PLANEJAMENTO APLICADO NA TURMA DO BERÇÁRIO II

ROTINA DO TURNO DA TARDE:

Organização das crianças após o sono
Higiene
Lanche
Atividade Pedagógica na rodinha
Brinquedo livre no solário
Janta
Higiene
DVD
Jogos de Encaixe
Organização das crianças para a saída
Brinquedo livre na sala de aula


Realizei a minha prática sobre questões raciais no período de 01/06/2009 à 05/06/2009 na turma da minha colega, um Berçário 2, pois a minha é um B1 e sem condições de agora aplicar esse tipo de planejamento.
Achei um pouco difícil trabalhar assuntos tão abstratos com essa faixa etária, pois o seu nível de compreensão é concreto e precisei tornar o mais real possível o assunto paraeles.
Algumas alterações precisei realizar no planejamento: acrescentei uma família negra e a história tão conhecida Menina Bonita do Laço de Fita de Ana Maria Machado.
Então dessa forma iniciei a aplicação do planejamento no dia 01/06 com a contação da história e manipulando os fantoches que eram o pai João, o filho Junior e a mãe Joana. Esses nos acompanharam em todas as atividades, inclusive no lanche e na higiene.As crianças foram bastante receptivas e solicitavam a presença deles.



01/06/2009
ATIVIDADE PEDAGÓGICA NA RODINHA:

Contei a história de forma divertida, sempre ressaltando a pergunta do coelho em relação a cor da menina e o quanto ele achava essa um máximo.Vários alunos relacionaram (da maneira deles) a cor da menina com os alunos que tem essa cor presente na sala e aproveitei o gancho para explicar a herança genética que recebemos dos nossos familiares, pois a menina era dessa cor porque herdou da sua família.
No final da história, expliquei que iria colado na agenda um bilhete solicitando uma foto deles com os seus familiares, igual a história do livro.Demonstraram compreensão.

03/06/2009
ATIVIDADE PEDAGÓGICA NA RODINHA:

Nesse dia, cada criança na rodinha mostrou a foto sua com os seus familiares, falando quem eram e o nome de cada um. Muitos se conheciam.Houve comentários sobre as semelhanças entre eles: o pai da Nana tem bigode igual ao meu pai.!Eu não consegui perceber preconceitos quanto a cor.Há uma interação ótima entre eles.Apenas a aluna mais velha tem ciúmes da colega mais nova, brigam muito.
Dentro da rotina, após a janta, assistimos o filme KIRIKÚ E A FEITICEIRA.Nos primeiros dez minutos, foi tranqüila a visualização, logo alguns começaram a dispersarem-se.Precisei intervir narrando e chamando a atenção para as cenas.O único comentário realizado pelas crianças foi da aluna V. que disse: Ele é igual ao meu pai, referindo-se a um personagem do filme que era negro.Esse menina é filha de um homen negro com uma mulher branca e herdou todas as características físicas do pai.
Na atividade dirigida, solicitei que desenhassem sobre o filme da forma deles), pois é uma turma de B2 que encontra-se na garatucha desordenada.


05/06/2009
ATIVIDADE PEDAGÓGICA NA RODINHA:

Montagem das fotos dos familiares com as produções das crianças e visualização por elas.
Observei que minha atividade nessa turma serviu de experimentação sobre o tema.As crianças ficaram bem atentas e demonstraram compreensão ao representarem as atividades no jogo simbólico.Manipularam e brincaram, por opção, com as bonecas negras e a medida que os familiares vinham buscá-los os colegas diziam quem eram e os seus nomes.Houve uma integração e visualização por parte das crianças das diferenças existentes entre nós.